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Pela primeira vez no litoral norte, esquilo é identificado em áreas da BSC/Copener

Popularmente conhecido como serelepe, o esquilo da espécie Sciurus ingrami, até então só identificado entre o sul da Bahia e o estado do Rio Grande do Sul, foi avistado pelos pesquisadores que realizam o Programa de Monitoramento de Fauna e Flora para Conservação da Biodiversidade da empresa. Segundo o analista ambiental Sílvio Lima, da equipe de Relações Institucionais e Sustentabilidade da BSC/Copener, exemplares do serelepe estão vivendo nas matas nativas do projeto Sergipe e na AAVC (Área de Alto Valor de Conservação) Jabuticaba, no município de Jandaíra. O roedor foi identificado e hoje consta da lista das espécies da mastofauna (mamíferos) monitorados continuamente pela empresa.

Silvio explica que “pouco se conhece a respeito das espécies de esquilos neotropicais, principalmente sobre a sua biologia e etologia, pois são animais de vida livre, extremamente ágeis e de hábitos diurnos, sem especificidade de horários de atividade“.

O pesquisador explica que o serelepe, assim como os demais esquilos neotropicais, alimentam-se, preferencialmente, dos frutos das palmeiras e são considerados os principais vertebrados responsáveis pela dispersão das sementes da palmeira Syagrus romanzoffiana. “Os frutos dessas palmeiras são reconhecidos como recursos-chave nos ecossistemas neotropicais porque a frutificação é abundante, estável ao longo do ano e, como consequência, representa um importante recurso alimentar nos períodos de escassez sazonal de outras fontes nutricionais“.

Para a gerente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da BSC/Copener Sabrina de Branco, as descobertas promovidas pelo Programa de Monitoramento da empresa corroboram os resultados positivos de conservação das florestas nativas associadas ao manejo florestal, pois a perda de hábitats e a extinção de espécies não são as únicas ameaças à biodiversidade. “Os serviços ambientais, vitais para a manutenção da natureza, também estão ameaçados. Interferências nos ecossistemas alteram o balanço das interações biológicas do mundo natural, levando, muitas vezes, à perda de processos como dispersão de sementes, estabilização do clima, proteção do solo ou purificação da água“, afirma ela.