Evento reunirá na cidade baiana de Alagoinhas nesta terça, 22, e quarta-feira, 23, representantes de oito empresas e de três instituições federais de ensino superior
Profissionais do setor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) Florestal de oito empresas brasileiras dos setores de aço, mineração, papel e celulose, bem como pesquisadores de três instituições federais de ensino de São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Norte irão se reunir nesta terça, 22, e quarta-feira, 23, na cidade baiana de Alagoinhas, para a IV Reunião Geral do Programa Cooperativo sobre Produtividade da Brotação de Clones de Eucalyptus (PCoppice), liderado pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef). No encontro, sediado pela Bracell, os participantes irão discutir, dentre outros assuntos, os resultados técnico-científicos alcançados até o segundo ano do projeto.
Coordenado por Túlio Queiroz, pesquisador Florestal da Bracell, e por Rodrigo Hakamada, professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), o evento será exclusivo para membros das empresas filiadas ao programa. “Estamos com grandes expectativas, porque a talhadia (técnica de condução da brotação de eucalipto) será discutida por renomados pesquisadores das universidades e do setor florestal; ou seja, o evento será uma combinação perfeita para revisar os métodos propostos pela academia e ajustá-los à realidade do campo”, destaca Queiroz.
Nos dois dias de encontro, além das palestras, os participantes farão uma visita técnica à Fazenda Salgado, propriedade da Bracell que fica na cidade de Inhambupe, no litoral norte, que conta com uma área experimental, onde o crescimento de nove clones sob manejo da talhadia tem sido estudado desde a primeira rotação, em julho de 2012.
Saiba mais sobre a talhadia e outras técnicas de manejo florestal acessando o blog da Bracell.
Sobre o PCoppice
De acordo com Rodrigo Hakamada, “o PCoppice foca especialmente a talhadia, que é o sistema silvicultural utilizado desde o início do manejo de árvores para a obtenção de produtos florestais madeireiros e não madeireiros”. Apesar de permitir uma redução de custos de até 50% em relação à reforma habitual, a técnica ainda é pouco utilizada: as rebrotas representam, atualmente, algo entre 20 e 40% das áreas cultivadas com eucalipto em função de diversos aspectos, como a perda de produtividade em relação à primeira rotação e a necessidade de substituição de materiais genéticos. Para os especialistas, a rebrota é motivo de grande interesse também em termos ambientais, uma vez que reduz largamente a emissão de carbono.
Ainda segundo o professor, o PCoppice “dá continuidade à rede experimental desenvolvida no Programa Tolerância de Eucalipto Clonais aos Estresses Hídrico, Térmico e Biótico (TECHS) e tem como objetivo principal avaliar a produtividade de plantios clonais de eucalipto em manejo de talhadia em um gradiente climático no Brasil comparativamente à primeira rotação”.
Além da Bracell, participam do programa as empresas Aço Verde do Brasil, CMPC – Celulose Riograndense, Dexco, Gerdau Aços Longos, Klabin, Suzano, Sylvamo do Brasil e Vallourec Tubos do Brasil. As instituições de ensino que integram o grupo são a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a UFRPE.
