Geleias e compotas, da comunidade do Prata, no município de Entre Rios, bolsas de palha, da comunidade de Cachoeira do Edgar, em Esplanada, sabonetes da Farmácia Verde, da comunidade quilombola Cangula, em Alagoinhas, e biscoitos da comunidade Mato Limpo, em Araçás. Toda essa diversidade de itens, produzida em sua maioria por mulheres, foram expostos e comercializados no stand institucional da Bracell na Semana do Ministério Público, evento patrocinado pela empresa que vai até hoje, 13 de dezembro, na sede do órgão, no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador.
Os itens apresentados são produzidos pelos parceiros sociais nos projetos do Programa Empreender com Você, voltado a estimular a economia de comunidades de nossa área de atuação. Segundo Mouana Fonseca, gerente de Relações Institucionais e de Responsabilidade Social da Bracell BA, a contribuição da empresa vai desde a implantação dos projetos até a própria montagem de estrutura e logística para viabilizar a chegada dos produtos até seus potenciais clientes. Para Mouana, o apoio gera visibilidade em espaços estratégicos para divulgação e venda dos produtos, o que se reverte em dividendos para as próprias famílias e comunidade, movimentando a economia local. “A Bracell traz a possibilidade para essas pessoas terem renda, permanecendo no seu espaço de origem, e também valoriza a cultura e tradicionalidade, aproveitando os recursos disponíveis e os potencializando para o empreendedorismo”, afirma.
Márcia Regina Ribeiro Teixeira, promotora do Ministério Público da Bahia e coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, visitou o stand para conhecer os projetos. Segundo ela, iniciativas com foco nas mulheres ajuda o público feminino a se libertar de espaços violentos. Para a promotora, que já esteve à frente do Grupo de Atuação em Defesa da Mulher (Gedem), o fato de este público trabalhar junto cria vínculos de amizade, rede de conhecimento e suporte, cria um ambiente onde possa trocar as experiências boas e ruins da vida, além de se ajudar mutuamente. “A empresa, além de propiciar espaços de empregabilidade, de economia solidária, de capacitação profissional, aumenta a autoestima e assegura que ela possa, inclusive, discutir a economia doméstica e a participação dela em determinadas escolhas familiares”, ressalta.