Uma nova espécie de planta foi encontrada na Área de Alto Valor de Conservação (AAVC) e Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Lontra, pertencente à BSC/Copener e localizada nos municípios de Entre Rios e Itanagra. Trata-se de uma espécie do gênero Faramea, pertencente à família Rubiaceae, um grupo neotropical com aproximadamente 90 espécies descritas para o Brasil.
A nova espécie foi descoberta dentro das atividades do Programa de Monitoramento da Fauna e Flora para Conservação da Biodiversidade, desenvolvido pela área de Relações Institucionais e Sustentabilidade em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
Por meio do programa, a empresa realiza projetos contínuos de monitoramento da biodiversidade presente em meio às suas áreas, a fim de aperfeiçoar seu manejo, de modo a minimizar os impactos de suas atividades e, consequentemente, contribuir com a conservação da diversidade biológica. Dentre as 269 espécies florísticas já catalogadas na Lontra, essa é a quinta nova descoberta para a ciência e sua divulgação já está sendo submetida a publicações especializadas.
Segundo o biólogo e pesquisador da BSC/Copener Silvio Lima, “a nova espécie terá seu nome definido a partir de uma homenagem à sua área de descoberta, a AAVC/RPPN Lontra, fragmento florestal fundamental para a conservação da biodiversidade regional e será categorizada como ‘Em Perigo’, de acordo com os critérios da International Union for Conservation of Nature (IUCN), por dois motivos. O primeiro é que ela é uma espécie rara encontrada em apenas duas localidades da RPPN Lontra e também porque a Floresta Atlântica continua em processo de redução de sua cobertura, embora em velocidade bastante reduzida no estado da Bahia“, explica Sílvio.
Para a coordenadora de Meio Ambiente e Certificações Meryellen Baldim, “esses monitoramentos, baseados no inventário e em estudos ecológicos da fauna e flora das áreas de atuação da empresa, são o primeiro passo para a conservação e o uso racional desses recursos“. Segundo ela, “sem o conhecimento mínimo sobre quais organismos ocorrem nestes locais, quantas espécies podem ser encontradas neles, bem como o grau de preservação desses vegetais e animais, é virtualmente impossível desenvolver quaisquer propostas de conservação e minimização de impactos relacionados às atividades de manejo“.