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Programa Eucflux-IPEF e Bracell monitora sequestro de carbono em florestas

O Programa Cooperativo é liderado pelo IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais) e CIRAD (Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento) e conta com diversas empresas filiadas do setor de celulose, entre elas a Bracell

A Bracell investe em tecnologia e inovação com objetivo de aprimorar iniciativas focadas em sustentabilidade. Em uma área onde a companhia mantém operações florestais no município de Itatinga (SP), está instalada uma torre de fluxo que monitora e quantifica de forma detalhada as entradas e saídas de dióxido carbono (CO2) e água para a cultura do eucalipto.

A torre faz parte do Eucflux (Programa Cooperativo sobre Produtividade e Fluxos de Carbono e Água em Eucalyptus), um programa liderado pelo IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais) e CIRAD (Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento), iniciado em 2008 e que conta com diversas empresas filiadas do setor de celulose, entre elas a Bracell. Além disso, o Programa conta também com instituições integradas como a Universidade Federal de Lavras (UFLA), Unesp e USP/ESALQ.

Geovanni Malatesta Barros, Pesquisador de Ecofisiologia da Bracell SP, explica que os dados gerados pelo Eucflux possibilitam uma melhor compreensão da dinâmica de utilização desses recursos naturais, sua variação a depender da sazonalidade climática e como essas informações podem ajudar na sustentabilidade dos ecossistemas, visando o melhor aproveitamento dos recursos e aprimorando a compreensão do crescimento das florestas de eucalipto.

A torre de fluxo está instalada em uma área onde a companhia mantém operações florestais no município de Itatinga (SP). / Foto: Acervo Bracell.

“Compreender a variação do carbono (CO2) na área foi um dos principais resultados obtidos pelo projeto. Durante o primeiro ciclo de medição, o local onde a floresta está plantada, agiu como um emissor de carbono (CO2) apenas até o sétimo mês após o plantio. A partir deste momento, a situação se inverteu e ele passou a capturar mais carbono do que emitiu, gerando um saldo positivo de, na média, 1 tonelada de carbono por hectare por mês ao longo de toda a rotação, do plantio até a colheita”, destaca Geovanni.

O projeto concluiu sua primeira fase entre os anos de 2008 a 2016. Em seguida, iniciou a segunda fase, em que implementou um sistema de transmissão de dados online e a manutenção contínua de todos os equipamentos de alta performance, que coletam as informações em alta frequência, de forma ininterrupta.

Os coordenadores e líderes científicos do Programa, Otávio Camargo Campoe (UFLA), Joannès Guillemot (CIRAD) e Guerric le Maire (CIRAD), afirmam que a participação da Bracell no Programa é muito positiva, pois aumenta a integração entre as empresas e amplia as discussões sobre temas de grande relevância para o setor florestal, como sequestro de carbono, o uso de água e as adaptações dos plantios às diferentes condições ambientais.

“A Bracell construiu a fábrica mais verde e agora queremos mostrar que temos capacidade para implementar ações de impacto positivo para o clima também nas florestas. Por isso esse projeto é tão importante, por meio dele conseguimos entender melhor a dinâmica das nossas florestas e propor novas ações relacionadas ao manejo sustentável dos plantios”, destaca Geovanni.

Segundo Gabriela Gonçalves Moreira, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Bracell SP, a adoção de práticas que potencializam os impactos positivos a favor do meio ambiente são prioridades para a companhia. “Temos um compromisso com a sustentabilidade e realizamos ações inovadoras que asseguram a melhoria contínua em todos os nossos processos, inclusive em nossas florestas”, finalizou.